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ÉVORA
Ingredientes:
22 gemas de ovos + 4 claras ;
750 g de açúcar ;
canela
Confecção:
Leva-se o açúcar ao lume com 2 dl de água e deixa-se ferver até fazer ponto de pérola muito fraco. Entretanto, batem-se os ovos.
Estando a calda no ponto, deitam-se-lhe dentro os ovos, lentamente e através de um passador de rede e em movimentos circulares. Deixa-se cozer a encharcada, espetando-a com uma espátula, dos lados para o meio, para evitar que ganhe crosta.
Retira-se a encharcada do lume quando os ovos estiverem cozidos, mas ainda com um pouco de calda. Os ovos ficam com o aspecto de trouxas de ovos partidas em bocadinhos.
Deita-se num prato fundo, polvilha-se com canela e leva-se a encharcada a forno bem quente só para tostar.
Esta é uma das receitas de doçaria tradicional de que os Alentejanos mais se orgulham.
BEJA
Ingredientes:
Para 10 pessoas
1 borrego pequeno ;
3 dl de azeite ;
1 cebola com casca ;
2 dentes de alho ;
2 folhas de louro ;
sal e pimenta ;
1,5 kg de pão caseiro duro
Confecção:
Corta-se o borrego aos bocadinhos e tempera-se com sal. Deita-se o azeite no fundo de um tacho e introduz-se a cebola com a casca, o alho e o louro. Quando o azeite estiver bem quente, junta-se a carne e tempera-se com sal e pimenta. Tapa-se e leva-se a cozer em lume muito brando, agitando-se o tacho de vez em quando e juntando pinguinhos de água. Rectificam-se os temperos (sal e pimenta) e a água.
Corta-se o pão ás fatias finas para um prato coberto e rega-se com o ensopado.
Hoje há quem junte uma colher de sopa de colorau a este ensopado, mas os pastores fazem-no sem ele.
Sopa de Beldroegas com Queijinhos e Ovos
Ingredientes:
Para 4 pessoas
2 molhos de beldroegas ;
2 cebolas ;
500 g de batatas ;
1,5 dl de azeite ;
1 cabeça de alhos ;
500 g de pão caseiro ou de 2ª ;
4 ovos ;
2 queijinhos frescos
Confecção:
Preparam-se as beldroegas aproveitando apenas as folhas. Os molhos devem ser grandes. Cortam-se as cebolas ás rodelas e alouram-se com o azeite. Juntam-se as folhas de beldroegas lavadas e deixam-se refogar muito bem mexendo com uma colher de pau. Regam-se com cerca de 2 litros de água e deixa-se levantar fervura.
Retiram-se as peles brancas à cabeça dos alhos, que se introduz inteira (sem retirar a pele roxa de cada dente de alho) na panela com o caldo a ferver. Juntam-se ainda as batatas cortadas ás rodelas grossas. Tempera-se a sopa de sal e deixa-se cozer.
Na altura de servir, introduzem-se no caldo os ovos um a um e deixam-se escalfar. Por fim metem-se na panela os queijinhos cortados aos quartos.
Tem-se o pão cortado ás fatias numa terrina e rega-se com o caldo.
À parte servem-se as batatas, os ovos, as beldroegas e os queijinhos.
Variante: Substituem-se os queijinhos frescos por um queijo de leite de ovelha fervido, cortado aos bocados. Na região de Évora, esta sopa não leva cebola, mas uma maior quantidade de alhos inteiros e sem serem pelados.
QUERO DESEJAR UM BOM FIM DE SEMANA
PARA QUEM VISITA O MEU BLOG .....
E AS MINHAS AMIGAS E AMIGOS DO ALENTEJO
SEI QUE O VISITAM MUITAS VEZES .....
QUERO-LHES AGRADECER O TEMPO QUE OCUPAM AQUI
E ENVIO MUITOS BEIJINHOS COM ENORMES SAUDADES
.. SILVIA ..
Como um verdejante ramo de oliveira,
foi na minha vida, a mais bela forasteira,
que foi um oásis, num ardente agreste...
Que deixou minha alma em conflito,
onde na noite, se perdia o meu grito,
em fechadas matas de cipreste.
Onde o amor nasceu, numa escala tão larga,
onde foi dificil, suportar tamanha carga,
que trouxe-me calor, num rigoroso inverno.
Amor, que nasceu com uma força colossal,
que dominou me, com um toque tão natural,
que pareceu me, ser um sentimento eterno.
Senti preso, como numa arena da antiga Roma,
mas, ao sentir, que podia entrar em coma
tentei me livrar, dessa garra tão infernal.
Depois de longos tempos,sem ver a lua cheia,
devagarinho, aos poucos me clareia,
por que busquei ajuda ,numa catedral.
Consegui fugir daquele mundo perdido,
do qual, várias vezes ví-me vencido,
mas ela, numa tarde, esse lugar deixou...
Embora o meu mundo ficou tão incerto,
consegui, florir aquele meu deserto
por que ela mesma, esse amor levou...
GIL DE OLIVE
Tardes de estio do meu Alentejo
Com moças belas, na rua, passando,
Vagos olhares, rubor de desejo,
E no meu coração as ia guardando.
E iam, e vinham, arranjando ensejo,
E eu, mudo e quedo, amava-as, olhando
O ar furtivo que me atirava um beijo
Perdido nas pedras que iam pisando.
E na tarde morna, cálida, amena,
Nasciam amores cheios de pena
P´los que morriam no mesmo momento,
Ao ver as moças passando, maldosas,
Co´o lenço escondendo as faces de rosas
E risos enchendo o meu pensamento.
António José Barroso
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